| |
|
|
Para que não hajam dúvidas |
No decorrer do debate foram
comentadas algumas posições que aqui abertamente defendemos,
nomeadamente a questão das licenças ou do fim delas e da questão do
deslicenciamento dos nossos equipamentos antigos.
Pois bem, quem quer saber o que pensamos não precisa
de ir mais longe ou perguntar a terceiros. Somos claros nas nossas
posições e as defendemos aqui, que é o nosso meio de divulgação.
Tudo sempre na defesa da CB e nunca contra ela. Pode-se até não
concordar com o que defendemos, mas é um direito de cada um defender a
sua ou suas ideias. Nunca empurrámos ninguém para outras frequências ou
dissemos uma linha só que fosse contra a CB. Pelo contrário. Temos
defendido a manutenção de direitos que todos os dias temos vindo a
perder e que têm feito a CB regredir no tempo. Sim, porque tudo de mal
que tem sido feito contra a CB a tem feito voltar a outros anos obscuros
do nosso passado e que melhor que ninguém, as velhas raposas da CB
saberão. O regresso à clandestinidade é mentira? Não. Muitos vão
regressar a uma certa forma de clandestinidade. Ok, não é a Pide que nos
persegue... mas é o medo. O medo de ser apanhado a emitir com um rádio
ilegal e ficar sem rádio e uma coima às costas.
Haverá quem pense de forma diferente... é normal que
assim seja. Vivemos num país que se diz democrático. Se bem que no caso
da CB a democracia fique no "pau da roupa", pois nunca soube de que a
ANACOM tenha pedido algum parecer, alguma opinião a ninguém em Portugal
ligado à CB (à Liga CB por exemplo).
Em relação a outro assunto e do qual fui mal
interpretado prende-se com a legenda para um cartoon publicado num site
que muito respeito e que é o site da Portugal Rádio CB. Nunca me passou
pela cabeça chamar cobarde ao meu caro Luís Forra, pessoa pela qual
tenho um enorme respeito e admiração, não só pelo que já fez pela CB mas
principalmente pelo que continua a fazer em prol da CB. O significado do
que escrevi (e identifiquei-me como autor) é apenas no seguimento de um
comentário anterior que diz algo parecido com isto "É o que acontece
quando vamos na conversa dos outros". Ora, este comentário não está
a ser simpático com aqueles que defendem a dita manifestação. Eu sou das
que não sou contra a que ela se realize, logo tentei defender a causa
usando o mesmo tipo de piada "insultuosa". Nunca personalizando o
comentário fosse a quem fosse. Se foi interpretado assim, só posso
lamentar que o tenha sido.
Mais clareza que isto é impossível e só lamento não
poder fazer mais pela CB como desejaria. Assim vou tentando divulgar a
CB da melhor maneira que posso e sei. Mesmo a inclusão neste site de
outras coisas que nada têm a ver com a CB é no sentido de manter as
pessoas aqui ligadas e atrair mais gente para o site principal. Está na
calha um novo site dedicado ao pessoal mais jovem e no qual tentarei
atraí-los para aqui. Não é querer mal à CB, pois não?
|
|
A carta que nada diz ou
já disse tudo |
Eu, como muitos de vós, já
recebi a carta da ANACOM
a informar que o meu rádio licenciado pode ir para o lixo. No fundo diz
aquilo que já se sabe: os nossos rádios com licenças deixam de poder
operar a partir de 31 de Dezembro deste ano. Nada diz sobre o que fazer
com os nossos rádios a partir dessa data... Dei-me ao trabalho de ler o
Decreto-lei nº192/2000, nos artigos 18,19 e 36, tal como consta na dita
carta e apenas se refere à atribuição de conformidade aos rádios novos.
Nem uma palavra sobre os rádios velhos. Fica a pergunta: o que tem a
ANACOM a ganhar com isto? O lobbye dos fabricantes é assim tão poderoso
que nos vá obrigar a adquirir rádios novos para nos mantermos de
conformidade com a lei? E o que fazemos aos rádios antigos? Se até agora
estavam em conformidade, porque é que não se nos é permitido fazer ou
mandar fazer as alterações necessárias de forma a os podermos continuar
a utilizar? O país está muito bom para os portugueses andarem a mandar
dinheiro pela janela, quando era tão simples resolver esta situação.
Bastava que nos dessem a oportunidade de corrigir os equipamentos e os
sujeitar a avaliação por alguma entidade competente. Claro que isso dá
muito trabalho... mais vale mandar os desgraçados para o lixo.
|
|
Porquê de tanta admiração? (a propósito das mudanças na CB no final de
2006) |
Temos, nos últimos dias, assistido a
alguma indignação sobre o futuro da CB em Portugal a partir do final
deste ano (2006). Que afinal, apesar de alguma esperança por muito
remota que fosse, o futuro da CB fosse um pouco melhor do aquele que se
avizinha. O que se passou foi apenas que durante cerca de seis anos nos
estivemos a enganar a nós próprios, com ideias de que alguma divindade
viesse ainda a tempo de remediar o que há muito estava traçado: o fim da
CB tal como conhecemos e aprendemos a gostar. Tudo o que pudesse ter
sido feito em nada iria alterar o que estava delineado pelos "génios"
que regulam estas coisas. Tal como sempre disse, a comunidade cibista
não tem expressão na sociedade e tem sido ultrapassada por outras
actividades mais lucrativas. Mesmo em situações em que macanudos
dedicados à causa se prontificaram em promover actividades para bem da
sociedade, as mesmas foram desvalorizadas pelas entidades que lhes
deviam ter dado o valor que mereciam. O total desprezo das entidades
oficiais tem sido uma constante na história da CB. Desde sempre que
esses palermas se têm disponibilizado mais facilmente para espezinhar
macanudos do que para os apoiar quando tinham razão. Podia encher
páginas de exemplos que eu próprio conheço, mas de certeza que também
tem casos que conhece. A culpa é sempre das estações CB, dos
macanudos... nunca dos outros. Sempre foi assim!!!
O que nos resta? A clandestinidade sem dúvida. A CB em móvel levou o
último tiro nas costas. Não estou a ver ninguém arriscar a andar na sua
viatura com um rádio que se arrisca a ser apreendido pelas entidades
policiais. Eu não o farei com certeza e não recomendo a ninguém que o
faça. Se bem que acho que esses agentes deviam talvez investir o seu
tempo a prender ladrões que a caçar cibistas, mas enfim... Comprar outro
rádio para esse fim também está fora de questão e além do mais, com a
potência de 1 watt em AM devo chegar muito longe... A minha "bolachinha"
sempre chegou e não estou disponível para encher os bolsos ao estado com
mais despesas forçadas para algo que não me vai servir de muito.
Na base poderei ainda arriscar a falar com o meu velho rádio, mas
estarei sempre com o coração nas mãos até ser apanhado. O que fazer?
Deixo à consideração do leitor pois não devo dizer directamente que não
cumpram as leis. Seria politicamente incorrecto. Digo apenas que não
pretendo abandonar ainda.
De facto, a CB ainda não vai acabar como alguns apregoam por aí.
O que vai acabar é a CB como está e com muito mais limitações. O fim das
licenças dos aparelhos, que à primeira vista até podia ser benéfico
parece que mais não vai ser que uma dor de cabeça. Acabam-se as licenças
mas temos que andar com um Declaração de conformidade que mais
não é que uma declaração a dizer que o aparelho está conforme a
legislação que vigorará a partir de 2007, além de outras
coisas como a necessidade de sermos ser portadores do livro de
instruções dos aparelhos onde nos mesmo tem que existir uma tabela de
países com limitações particulares ao uso da CB. Resumindo, troca-se um
papel por uma resma de papeis. Imagine-se na viatura com esta papelada
toda. Andou-se "de cavalo para burro". Para mais informações recomendo
que visite o site da Portugal Rádio CB.
O que se está a passar não é mais que a continuação do que sempre se
passou. Quero eu dizer que isto é a continuação da tentativa de acabar
com a Banda do Cidadão. E por este andar vão conseguir.
Deixo uma pergunta, porque é que a ANACOM não criou uma alternativa
para aqueles que para cumprir a lei estão dispostos a mandar modificar
os seus equipamentos e a submete-los a aprovação da mesma e assim obter
o tal Certificado de Conformidade? Isso sim era trabalho bem feito.
Quanto a esse assunto, parece que esse certificado apenas é obtido na
compra de equipamentos novos e são passados pelo fabricante. Coisa
besta, não é? E o meu rádio velho, mando para o lixo ou envio como
donativo para os PALOP? Responda quem souber.
PS - Se quiser saber mais sobre este assunto recomendo que
clique aqui.
Comente este artigo. Clique aqui.
|
|
Nós nunca sabemos tudo |
Estou na Banda do Cidadão há 16 anos.
Comparado com muitos dos nossos colegas eu sou um "adolescente" nestas
lides. Desde o inicio que tenho feito por aprender o máximo possível
sobre este hobbye e tenho aprendido muito durante estes 16 anos, mas
este fim-de-semana fiquei a saber, ou pelo menos fiquei mais consciente,
de que ainda não sei tudo.
Na passada "conversa de amigos" promovida pela Liga CB (canal 37 LSB
todos os sábados pelas 21.30) comecei a estranhar a forma como alguns
dos nossos amigos de identificavam: "estação tal, 31LCB520 (por
exemplo)". Comecei a perguntar-me o que seria aquele 31LCB520... seria
algum indicativo criado pela Liga de que eu não tivesse conhecimento? Ou
algum outro tipo de indicativo? O que seria? Não querendo ficar sem
resposta enviei uma mensagem através do eQSO (que recomendo) a perguntar
o que era. Qual foi o meu espanto quando a resposta me foi dada: 31 era
o número da divisão, LCB eram as iniciais da Liga CB e o número seguinte
era o de associado da Liga.
Mas o que me fez escrever este texto foi o facto de desconhecer a
existência de divisões na CB. Sei que há algo semelhante no
radioamadorismo, mas desconhecia a sua existência na CB. Pelos vistos
existe e já há muitos anos segundo me foi explicado na "conversa de
amigos". A sua função é a de facilitar a identificação da região ou país
onde nos encontramos quando efectuamos DX. Se Portugal (31) até é fácil
de perceber, já Conway Reef (321) é capaz de ser mais complicado. Daí
que as divisões têm toda a razão de ser e realmente facilita, e muito,
as comunicações a longa distância (DX).
A moral da história são duas: a primeira é de que devemos ser
humildes e perder a vergonha de perguntar quando não sabemos algo. Na CB
existem muita boa gente que está disposta a ajudar quando o solicitamos.
Como digo no inicio deste editorial "nós nunca sabemos tudo". A segunda
moral da história é que nas "conversas de amigos da Liga CB" e noutras
conversas de amigos, que felizmente ainda existem, sem nos darmos
conta, aprenderemos sempre mais. Por isso recomendo vivamente que por lá
apareçam e participem.
Já agora, sou o 31LCB570.
Carlos Carvalho (estação Lusitânia CB)
|
Fórum Onda Livre:
"Concorda com a criação do Canal 40 como
canal nacional de chamada em LSB, deixando o canal 34 apenas para os
camionistas ?"
A nossa opinião:
Desde que estou na CB, e já lá vão alguns anitos, não me lembro que
alguma vez o canal 34 em LSB fosse atribuído aos camionistas. Já fazem
uso e abuso do canal 22, esse sim uma total bandalheira. O canal 34 já
teve melhores dias, mas está mais que provado que abandonar o canal não
é boa solução. Vejam o que aconteceu com o canal 11...
Que tal tentarmos todos mudar a mentalidade de quem conspurca o canal
da maneira vergonhosa que assistimos? Se por cada abuso a malta falasse
talvez o pessoal fosse mais consciencioso e não abusasse tanto. Desde
sempre que o canal 34 é de toda a gente.
A criação de um novo canal de chamada para as laterais não me parece
boa ideia. Daqui por uns tempos tínhamos escolher novo canal porque já
estava na mesma. O desistirmos simplesmente de algo que sempre foi nosso
não adianta e só damos razão a quem não tem respeito pelos outros.
Que solução? Aqui vão algumas ideias:
- Ignorar as comunicações que estejam a perturbar. Quando digo
ignorar é isso mesmo: não nos privarmos de fazer a chamada apenas
porque há gente que não se sabe comportar no canal.
- Não comunicar com estações que não se comportem devidamente.
- Advertir os infractores. Chamar-lhes à atenção para o que estão a
fazer.
- Exigir o respeito devido para cada cibista.
- Exigir que mudem de canal.
- Darmos o exemplo.
- Outras que se achem adequadas...
Ao seguirmos a ideia sugerida no fórum Onda Livre estamos a
incentivar para que nada se faça e a darmos razão e força para que tudo
continue na mesma. Os camionistas se querem um canal para estarem
em LSB sugiro que se mudem e nos deixem em paz num canal que é de todos.
Carlos Carvalho (estação Lusitânia CB)
|
Radioamadorismo vs CB: |
A velha e
estúpida "guerra" entre hobbyes |
Caros amigos:
Desde há vários anos que se assiste às infelizes peripécias de um
conflito entre macanudos e radioamadores que, por muito que tente
compreender, de facto, não consigo. São hobbyes que apenas têm em comum
o facto de serem os seus adeptos amantes de fazer rádio. Em tudo o resto
são muito poucas as semelhanças. Este é mais um capitulo desta triste
saga.
Há algum tempo foi-nos remetido pela CAT24 um email que já deve ser
por vós mais que conhecido e ao qual nos abstemos de publicar, tendo
contudo comentado directamente ao seu autor. No nosso comentário apenas
dissemos que se o radioamadorismo não estava bem (segundo a sua óptica)
competia aos radioamadores fazer algo para que a situação mudasse.
Pelos vistos o email que também nós recebemos mereceu da parte de
alguns amadores o maior repúdio (o que até se compreende pois devemos
nós "defender a nossa dama" e até nós teríamos feito o mesmo). Não
entendemos é o que veio a seguir: desde a insultos ao autor do email em
causa, a ameaças diversas e outras atitudes dignas de um autentico filme
de terror. Melhor dizendo, de um autentico movimento terrorista, onde se
parte para todo o tipo de ameaças do tipo de que "faço e aconteço". Para
completar o "ramalhete", toca a atirarem-se contra a CB de toda a
maneira e feitio. Mas essas observações já há muito que deixámos de
ligar e muito menos responder.
Mais uma vez me abstenho de comentar o email, mas quero aqui registar
o meu repúdio por tal tipo de atitudes que em nada favorece quem
legitimamente é adepto do radioamadorismo e muito menos aqueles que as
tiveram. O facto de se não gostar de uma opinião não nos dá direito de
se ser estúpido a este ponto. Não se gosta do que se diz dá-se a
resposta adequada pelos canais que se entender. Mas de forma civilizada
e com o respeito que toda a gente merece. O direito à opinião, de
resposta, ao bom nome estão consagrados na Constituição Portuguesa. Tudo
o que violar tais direitos é indigno para quem os viola. E neste caso
viola e muito.
Estou certo que muitos amadores são da mesma opinião que nós e que
pelo contacto directo com o autor do email em causa fizeram chegar a sua
opinião certamente divergente. É assim que se faz.
Que nós saibamos ainda vivemos num Estado de Direito Democrático. Se
não sabem o que quer dizer aconselho vivamente a ler o que diz a
Constituição Portuguesa.
Carlos Carvalho (estação Lusitânia CB)
|
|
Legislação CB: |
A lei que não serve.
Que soluções? |
No inicio de 2005 estamos exactamente a dois anos do fim do
regime transitório que rege actualmente a CB. No final de 2006 acabam-se,
por exemplo, as licenças passadas até 1999 e consequentemente os indicativos
oficiais, a AM fica com um futuro incerto apesar de haver quem diga que
nessa matéria tudo se vai manter como até aqui.
Fazendo uma pequena análise da actual legislação, a CB tem
vindo a perder muito com as alterações feitas em 2000. Já o temos dito
inúmeras vezes e nunca é demais relembrar:
-
A potência em AM ter passado para 1 watt
-
A LSB e USB ter um máximo de potência aparente radiada
(P.A.R.) de 4 watts
-
O fim das licenças e consequente fim dos indicativos
oficiais
-
A obrigatoriedade de autorização dos proprietários para a
montagem de antenas
Estas são as principais alterações que mais nos têm
prejudicado.
Em primeiro lugar temos a redução de potência. Porquê esta
mudança? Há quem diga que a simples redução em nada afecta as emissões CB.
Então porque se mudou? Se assim é porque razão muitos cibistas mandam
"abrir" os seus aparelhos de forma a que os mesmos emitam segundo o antigo
sistema e por vezes até mais? Então sempre faz alguma diferença. Esta
restrição terá a ver com as interferências provocadas na vizinhança das
estações, as famosas TVI? Se assim é porque não faz a ANACOM a parte que lhe
compete que é verificar a razão das mesmas, quando nós (muitas vezes por
experiência própria) sabemos que a culpa nem está na instalação CB. Muito
menos se compreende a restrição nas Bandas Laterais. A ausência de portadora
diminui e muito a probabilidade das TVI. Uma estação pode ter problemas em
AM e não ter em laterais. Mas a este respeito ainda voltarei a falar mais à
frente neste artigo quando falar sobre o ponto 4.
O fim das licenças em parte é positivo. Uma estação pode ter
quantos rádios quiser e assim não ficar limitado à antiga restrição de
"uma base um móvel". Mas também tem pelo menos um aspecto negativo que é o
fim da obrigatoriedade de as estações se identificarem em frequência com o
seu indicativo atribuído pela entidade reguladora e assim, apesar de se
manter o anonimato, a fiscalização (que devia haver durante as emissões)
poder sempre saber quem é quem e faz o quê em frequência. A acabarem as
licenças podia-se ter criado o indicativo oficial associado ao
Certificado de Registo, isto é "um registo um indicativo". Teria a
vantagem de apenas termos um indicativo oficial tivéssemos nós os rádios que
tivéssemos. Obviamente defendo a obrigatoriedade de nos identificarmos na
frequência com um indicativo oficial.
Por fim e, não menos importante, é a necessidade de
autorização dos proprietários para se poder montar a antena no topo do
edifício. Como já tenho dito, é compreensível o direito de propriedade e dos
receios que os ditos podem ter em relação a este assunto. Uma delas são as
interferências que a mesma instalação possa causar devido a uma montagem
deficiente ou negligente. E olhem que já vi montagens de "bradar aos céus".
Em vez do que agora vigora podia o legislador tem optado
por uma solução intermédia e que consistiria em algo parecido com o que
passamos a explanar:
-
Manter-se-ia a obrigatoriedade de informar o proprietário
sobre a intenção de montagem.
-
O cibista era obrigado a informar a ANACOM da intenção e
pedir um parecer técnico sobre a dita montagem e condições de montagem.
-
Depois da montagem efectuada dentro dos pareceres então
recebidos da ANACOM devia ser obrigatória uma vistoria por parte da ANACOM
afim de aprovar ou não a montagem consoante a mesma estivesse ou não
dentro dos parâmetros técnicos, de segurança, de acesso, etc.
-
Depois de aprovado deveria a ANACOM passar uma declaração,
quer ao cibista quer ao proprietário, sobre a boa montagem das antenas e
linhas de transmissão. Nessa mesma declaração deveria ser mencionada
qualquer restrição à utilização da estação que fosse necessária mencionar
devido a qualquer factor que existisse e que impedisse o normal uso da
estação. Essas restrições estão já previstas na lei actual.
-
Caso uma estação não tivesse as condições mínimas para ser
montada então ser-lhe-ia recusada a montagem. "Sem ovos como se fazem
omeletes"? Se não pode ser mesmo...
-
As vistorias às instalações deviam ser periódicas e
obrigatórias, até para nossa defesa.
-
As alterações à montagem deviam estar sujeitas a vistoria
obrigatória.
No fundo trata-se de pôr os "bois à frente da carroça". Não
é proteger o direito de propriedade sem ouvir a outra parte, que é o nosso
direito de sermos amadores e amantes de rádio. Não é "depois de casa
arrombada que se põem trancas nas portas". É precisamente ao contrário.
Montar bem para evitar problemas. É prevenir antes de remediar.
Como resultado dos 4 pontos atrás expostos temos uma lei que
em muitos aspectos é positiva mas que precisa ser alterada. Defendemos o
regresso aos 4 watts em AM e FM e aos 12 em USB e LSB. Defendemos o regresso
do indicativo oficial dentro das condições atrás descritas. E defendemos uma
alteração profunda na regulamentação que rege actualmente a montagem das
estações em base.
Esta lei como está não serve a CB nem aos seus adeptos. As
soluções que apresentamos são apenas sugestões de solução para as lacunas
que esta lei (na nossa opinião) tem e que devia ser discutida e alterada.
Se deseja comentar este artigo clique aqui.
|
Uma ideia
para debater: |
Federação
Nacional de Clubes CB
Caros colegas e amigos:
Como é sabido desde há muitos anos, as
instituições oficiais, nomeadamente a ANACOM, estão-se nas tintas para a
Banda do Cidadão e para a defesa dos nossos direitos. Tomam decisões de
forma (quase que diria) abusiva e discriminatória contra a CB em
detrimento de outras formas de comunicação certamente mais lucrativas e
populares ou populistas. Temos as empresas de telemóveis a montar
antenas em todo o lado, mesmo contra a vontade das populações, junto a
escolas e infantários, ao lado de habitações, etc. Enquanto isso nos
prejudicaram com a nova regulamentação sobre a montagem das antenas.
Temos a ultima novidade: a DISTRIBUIÇÃO DE INTERNET PELAS LINHAS
DE ENERGIA ELÉCTRICA - PLC (Power Line Communications) que, como se sabe
ou se imagina, vai mais uma vez lesar terceiros (e neste caso somos nós
uns dos sorteados). Como sempre não nos perguntaram nada nem pediram
pareceres a ninguém, marimbando-se para os cibistas e radioamadores.
Podia estar aqui a encher páginas e páginas de situações em que somos
postos de lado e ignorados. Tudo porquê? Não temos visibilidade e
a CB não faz ganhar eleições. Apesar de algumas iniciativas de alguns
"heróis" e "carolas" que dão muito seu tempo e trabalho pela nossa
causa, o que é facto é que salvo uma ou outra excepção ninguém reconhece
as potencialidades da nossa banda e a utilidade publica que pode ser.
Olham-nos como uns "malucos que andam p´ra aí a brincar com uns
rádiozecos". E na minha opinião a culpa desta situação é quase toda
nossa.
São bem-vindas todas as iniciativas que grupos
como a NARCB, a LIGA, os Marafados de Portimão entre outros, fazem pela
dignificação da CB, mas penso eu que é insuficiente. Precisamos de
unir-mos esforços no sentido de uma maior representatividade junto de
quem tem o poder. Precisamos de criar um fórum de discussão e debate
amplo para encontrar soluções e as fazer chegar a quem de direito.
Nesse sentido a criação de uma Federação
Nacional de Clubes CB podia ser uma ideia. O que se pretende em
concreto?
- Criar o tal fórum de discussão que falei à
pouco.
- Fazer iniciativas conjuntas para que
tivessem um maior impacto e abrangência. Partindo do principio que
existem clubes um pouco por todo o lado, essas iniciativas teriam um
efeito a nível nacional, logo, teriam maior visibilidade junto da
sociedade.
- Fazermo-nos representar junto da ANACOM com
propostas concretas, petições, reivindicações ou protestos. Se for a
iniciativa isolada de um clube eles não se darão ao trabalho de ler o
que esse clube tem a dizer. Já uma Federação é mais representativa.
- Até aqui na internet podemos de forma
concertada ter iniciativas comuns: por exemplo, se cada site existente
e activo (como o caso do nosso) se manifestar de uma determinada forma
com um determinado fim, a visibilidade junto da comunidade cibista
será outra e o impacto será diferente. Neste sentido o site Portugal
Rádio CB já deu um primeiro passo ao disponibilizar espaço no seu
servidor para o alojamento de páginas web sobre CB, tal como acontece
com algumas associações de radioamadorismo. Obviamente aderimos e
agradecemos a iniciativa.
- Seria o fim ou a independência dos clubes?
Claro que não. Continuariam os clubes a ser autónomos e donos do seu
nariz tal como acontece hoje. A ideia desta Federação não é mais do
que de uma forma concertada nos tornarmos visíveis e mais fortes.
Seria boa ideia que os clubes se reunissem em
volta de ideais comuns e partilhassem com outros clubes esses mesmos
ideais. Até se podia aproveitar uma estrutura já existente como a Liga
Para a Defesa da Banda do Cidadão. O que interessa é que nós, todos
juntos fizéssemos algo diferente e mais grandioso pela defesa da CB. E
quem sabe se os ditos cujos nos ligassem mais qualquer coisa por muito
pouco mais que fosse. Já dizia o grande Martin Luther King - "I have a
dream...", e este é o meu.
Carlos Carvalho (estação
Lusitânia CB)
Se deseja
comentar este artigo clique aqui
|
A CB em UHF nos 430
MHZ |
Complemento ou algo
mais?
Caros colegas e amigos:
Pouco sabemos sobre o que se
pretende com o que se ouve falar a este respeito. No entanto, a
possibilidade de termos ao nosso dispor mais uma forma de fazermos rádio
no âmbito da Banda do Cidadão parece-me boa. Claro está que tudo depende
do que realmente está na calha nesta matéria. É que já lá diz o povo que
"quando a esmola é muita o pobre desconfia". Mas pelo sim pelo não
prefiro aquela que diz que "o seguro morreu de velho".
A nossa banda tem sido alvo nos
últimos anos de medidas que em nada têm ajudado a CB. Falo por exemplo
na redução da potência para 1 watt em AM ou da estúpida lei que
regulamenta a montagem das antenas. De maneira que uma benesse destas
parece mentira. Não querendo ser desmancha prazeres, existem alguma
questões que merecem ser esclarecidas por quem de direito:
-
O que se pretende de facto: Esta
medida é em complemento do que já temos, isto é, ficaríamos com os 27
MHZ e mais os 430 em UHF, ou passaríamos todos a para os 430 e adeus
CB como hoje a conhecemos?
-
No caso (remoto penso eu) que de
facto nos querem dar alguma coisa, como será que podemos ter acesso a
estas frequências: Seremos todos sujeitos a formação nesta matéria ou
não?
-
E estaremos obrigados a fazer
teste de aptidão (tal como acontece e bem no radioamadorismo)?
-
E a nível de infra-estruturas,
teremos direito a repetidores ou ficaremos limitados a quanto muito
chegarmos ao fundo da rua onde moramos?
-
E a nível de protecção e
fiscalização por parte das entidades (in)competentes? Continuaria tudo
como até aqui numa espécie de "Deus nos acuda"?
-
E finalmente, o que acontece com
a nossa querida CB tal como a conhecemos?
Eu pessoalmente não alimento
muitas ilusões quanto a isto. Não estamos habituados a nos darem nada
sem quererem nada em troca. Penso que existe algo mais naquelas
"cabecinhas pensadoras", sejam elas quem sejam. Uma ideia maluca que me
ocorreu: fala-se por aí da DISTRIBUIÇÃO DE INTERNET PELAS LINHAS DE
ENERGIA ELÉCTRICA - PLC (Power Line Communications) e dos eventuais
malefícios para a CB. Bem... pode muito bem ser uma "solução" para este
problema. Cortam assim o mal deles pela raiz. E nós, como sempre,
ficaríamos a ver navios. De qualquer das formas estarei atento a novos
desenvolvimentos sobre este assunto e não me inibirei de comentar o que
achar que deva ser comentado. Por agora limito-me a ficar expectante
pelo que por agora são só rumores e suposições.
Se deseja
comentar este artigo clique aqui
Testemunho da estação Lusitânia CB
Ainda a respeito do brutal
espancamento do nosso colega na Lourinhã. Eu, operador da estação
Lusitânia CB, também fui alvo da estupidez humana. Felizmente sem o fim
triste do nosso malogrado colega, mas ainda assim lamentável.
Clique aqui para ver. |
|
|